Adryana Ribeiro Adryana Ribeiro - Malandro

Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço d´outros carnavais
Eu fui a lapa e perdi a viagem que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular profissional
Malandro, com aparato de malandro oficial
Malandro, candidato a malandro federal
Malandro, com retrato na coluna social
Malandro, com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal.

Mas o malandro pra valer
Não espalha
Aposentou a navalha
Tem mulher, e filho, e tralha e tal
Dizem as má línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha
No trem da central!